eu me sinto cansada. e sozinha. dessa vez, triste. a cabeça pesada, cheia de aborrecimentos, o coração apertado esmagado estrangulado. e faço questão de repetir que me sinto sozinha, e muito mais sozinha, porque ninguém se importa com o que eu sinto. nada mais normal. é comum as pessoas estarem centradas apenas em seus próprios umbigos e nem sequer notarem a sombra do outro. não sou capaz nem ao menos de julgar porque sou assim também, sou tão exageradamente assim que se torna fácil pra mim perceber o "auto-centro" (não gosto muito da palavra 'egocentrismo' pelo valor pejorativo embutido nela) dos outros. e sabe o que é mais engraçado? o quanto é fácil perceber a centralidade dos outros sem perceber a sua própria, justamente por se estar contaminado por ela (e isso vale demais pra mim).
o melhor que posso fazer é não cobrar dos outros que se preocupem comigo porque, acreditem, por mais que eu precise de ajuda, estou aprendendo a me virar sozinha. eu vou sentir, e vai doer doer doer, e então vai passar. como qualquer outra coisa no mundo.

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